20 julho – quinta


A ideia era ir a Âlcantra a uma hora de barco às 10h (hora varia porque o barci só consegue atracar na maré alta). Mas o calor era demasiado para passar o dia a andar. Pequeno almoço e volto para buscar fato de banho e toalha e caminho para a praia onde chego 2h depois. Tomo banho, leio e alguém me pede para guardar seu boné e óculos enquanto toma banho. Ao voltar começámos a falar e terminamos almoçando juntos peixe escabeche. Professor de direito jurídico tenta encontrar bolsa para doutoramento na Europa (já fez mestrado em Paris). Oferece-me boleia para aeroporto mais tarde.
De tarde comprei vinho para oferecer ao Leandro e sabonetes. Aqui existe particularidade de no duche usar sabonete (o que é ecologicamente bom, pois é muito menos trabalhoso e poluidor que gel de banho, bem como não tem o lixo da embalagem não reciclável) e ainda a particularidade da água ser electricamente aquecida no próprio chuveiro, por meio de uma resistência (receio sempre um choque no duche).
Vim passear no centro e terminei na festa Bumba-meu-boi, como os santos populares do Estado do Maranhão. Um dos grupos: Flor de Portugal de Âlcantra (Maranhão) dançam com fatos verdes e amarelos e ritmo de samba desde música folclórica portuguesa até Amlária Rodrigues e Madredeus. Agora mulheres despidas como no carnaval dançam no meio de homens trajados de bóis, lobos… Interessante. //
Conheci a amiga da Renata e seu marido. O sotaque de Rio Grande do Sul é lindo. Tomámos várias cervajas no Reviver com o Leandro antes de ir só eu e o Leandro ver mais uns “bóis”. À meia noite o cara que conheci na praia levou-me ao aeroporto. Despedi-me do Leandro. Ele foi uma marca nesta viagem.