Tentamos levantar cedo mas saímos da cama às 7:30. Passamos na boulangerie e tomamos um táxi para a gare routiére onde haverá autocarros – enormes Mercedes – para Bafoussam. À chegada do taxi logo alguém tira as malas do porta-bagagens e tenta nos levar para a boa bilheteira antes que alguém da companhia concorrente o faça.

Agradecemos que nos Camarões, com exceção dos mercados, não precisamos de discutir o preço. Um autocarro já está cheio e nós somos enviados para o segundo. Há ainda 70 lugares a vender antes que ele parta. Demora hora e meia enquanto vemos vendedores de bebidas, bolachas, sapatos, relógios, revistas a passar. A certa altura começamos a ocupar os lugares no autocarro e os vendedores a passarem também lá dentro. Um mete um CD a tocar e pergunta se há interessados. A viagem ainda não começou. À partida um vende duas revistas por 500francos. Sempre a mesma estratégia: um preço exorbitante depois um preço especial de autocarro e ainda um preço, metade, para os três primeiros. E as pessoas compram. Foram banhas da cobra, foram “A Secretária perfeita” em forma de revista. As vendas acompanham mais de metade da viagem no autocarro de cinco lugares por fila.

Em Bafoussam apanhamos um táxi para o centro que nos deixa em frente ao Hotel du Centre, simples. Mostram-nos um quarto enorme e decidimos por um pequeno. Há só uma toalha, não há mosquiteiro. Passeamos um pouco pela confusão, vemos um porco vivo ser transportado de moto, tomamos uma cerveja, jantamos ‘roti de carne’ no bar do hotel.